Bem Vindo

Neste blog procuramos expor algumas idéias que temos formado durante a nossa vivência como cidadão e arquiteto.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Digressão


Sempre me vejo pensando em soluções urbanísticas sobre os problemas da cidade.
Neste texto procuro colocar alguns pontos simples para sejam aprofundados para soluções viáveis e divagar sobre o urbanismo da cidade de Goiânia.

Considerando que a esquina imortalizada por Caetano Veloso (canção Sampa), Ipiranga com São João tem uma largura de passeio de 3,60m e sendo uma das mais movimentadas do Brasil, nos levar a concluir que a Rua 9 no Setor Oeste, que possuí um passeio com 5,00m de largura com pouquíssima passagem de pedestres, pode muito bem ter dimensão menor e ganhar mais uma pista de rolamento, desafogando o tráfego de veículos nos momentos de pico. Este mesmo exemplo pode ser utilizado para outras vias da cidade como Mutirão, sete metros de passeio, trechos da Rua 4 no trecho do Lago da Rosas até Avenida República do Líbano.
É notório que junto do excesso de pavimentação das áreas urbanas vem às enchentes. Porque não instituir a obrigatoriedade de que o passeio público tenha 2/3 de sua largura cobertos com verde para minimizar este efeito. 
Que tal reduzir o IPTU dos moradores que tiverem árvores nos passeios e jardins com mais de 15% da área do terreno.
O Setor Sul, como diz professora Tânia Daher no seu livro, teve o projeto inicial de Atílio Correa Lima refeito com idéias francesas por Armando Godoy. Destas idéias temos as áreas do Projeto Cura no Setor Sul que se transformaram em locais de encontro de pessoas desiludidas, já que, todas as residências que possuem fundo para o mesmo, criaram ao longo dela uma muralha (muros contínuos) transformando-a numa área deteriorada, de onde os moradores tem-se mudado tentando alugá-las para escritórios de empresas ou profissionais liberais.
Um só proprietário de terreno não consegue arcar com as despesas de manutenção destas áreas de lazer. Como revitalizar, liberando a região para construção de Edifícios Residenciais, de Escritórios ou de outros usos, com a ressalva de menor ocupação, isto é menor tamanho da projeção do pavimento dentro do terreno. Está solução não irá alterar o desenho urbano inicial de Armando Godoy.
Ficará o condomínio (vários proprietários) responsável, pela recuperação do Projeto Cura em frente aos seus Edifícios conforme Plano Original ou um novo proposto pelo próprio condomínio.
Esta área será uma área pública, ou seja, toda a população poderá utilizá-la.
Sendo que esta área pública terá sua manutenção, limpeza e conservação a cargo do Condomínio do Edifício, que será beneficiado com uma menor taxa de IPTU por bem cuidar e uma maior taxa de IPTU se o contrário acontecer.
Utilizar algumas praças para executar estacionamentos em subsolos, isto minimizará o transtorno hoje visto em alguns pontos da cidade até que o processo de excesso de veículos venha a provocar nova revisão.
Para minimizar este processo do veículo individual temos que investir em transporte coletivo, que tal criar um monotrilho de ida e volta da praça da noventa com a Avenida 136 para atender ao paço municipal e os condomínios fechados na região até o autódromo.
Criar linhas de trem ou monotrilho na cidade com estações estratégicas com estacionamento público, onde os moradores deixariam seus carros e utilizariam do transporte coletivo para acessarem determinadas partes da cidade.

Sabemos que inundações das regiões baixas da cidade é um processo que tende agravar com o passar dos anos. Porque não exigir nos novos loteamentos que as caixas de rua tenham 10 m a mais para serem utilizados como área de permeabilidade, 5m de cada lada da caixa de rua e permitir que o morador utilize com construção os 100% do seu terreno, fato que hoje acontece comumente, sem que haja rigidez no processo de embargo e demolição.
O volume de água que acumula nos riachos de Goiânia já esta tornando uma constante, sabemos que na horizontal não há possibilidades do aumento de seu leito, logo teremos que adotar na sua canalização o aumento de sua altura ou profundidade com paredes de concreto acima da cota de nível dos lotes e vias laterais aos riachos. Está solução também pensei para solucionar o caso de São Paulo, criar paredes laterais altas nos rios Pinheiros e Tietê para aumentarem suas capacidades de vazão.
 
Se forem comportas metálicas móveis as mesmas podem aumentar ou diminuar a altura sem prejudicar o visual, ou seja sem enchente e chuvas fica abaixadas com chuva vão aumentando a altura.
Ideias são ideias.

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